ALDEIA PET: Castração é a Solução

Antes de entrar na faculdade de veterinária eu tinha algumas ideias erradas sobre fêmeas, na maioria das vezes eu achava que ter cadelas era ruim por causa do cio, da sujeira que isso fazia, e preferia ter um macho marcando território e urinando em tudo do que ter uma fêmea no cio a cada 6 meses.

Na faculdade eu aprendi sobre as maravilhas de se castrar um animal, seja ela fêmea ou macho. Arranjei uma cachorrinha no final do curso e castrei antes do primeiro cio, foi uma maravilha, não houve desenvolvimento da vulva e nem das mamas, ela parece um filhote. Mas as vantagens vão muito além disso. Castrar antes do primeiro cio diminui em menos de 0,5% a chance de desenvolver câncer de mama, um mal que tem atingindo centenas de animais todos os anos. Sem o útero a cadela não corre o risco de desenvolver piometra, uma infecção no útero que se não tratar mata e rápido. Sem falar que não tem sujeira ocasionada pelo sangramento, não aparece nenhum macho na minha porta e não fazendo cruzamento eu não estou contribuindo para a superpolução canina.

É preciso ressaltar que animais que entram no cio são mais propensos a desenvolver doenças seja câncer, piometra, doenças sexualmente transmissíveis, e alguma complicação que pode ocorrer durante o parto.

Precisamos conscientizar as pessoas que uma das formas de controlar a proliferação de animais de rua é com a castração. Em inúmeros lugares do Brasil já vêm ocorrendo à castração solidária ou castração social, onde organizações com o intuito de diminuir a superpopulação canina e felina estão fazendo gratuitamente castrações.

Há quase dois anos adotei uma cadelinha de rua, e em pouco tempo castrei, pode até parecer que você está fazendo uma maldade com o bichinho não permitindo que ela tenha filhotes, e passando por uma cirurgia, mas eu garanto é um ato de amor, animais castrados vivem mais e melhor, a expectativa de vida deles aumenta quando se castra.