sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Costelinha



Saudades do Costelinha, a uns 3 meses atrás apareceu perto do meu apartamento um cãozinho de cor caramelo e olhos castanhos claro muito expressivos, ele estava magro e faminto. Meu marido e eu todos os dias levávamos comida a ele, dávamos carne, ração e água. Todos os dias a noite ele estava no mesmo cantinho esperando por nós, Costelinha era cismado, com muito custo se aproximava, mas quando colocávamos ração ele comia tudo em segundos. Depois de algumas semanas já tinha virado hábito levar comida, saíamos de uma festa e levávamos comida, íamos a restaurante e guardávamos algo para lhe dar, notamos que ele estava engordando e mal se via suas costelas. Outro dia Costelinha estava em frente ao Pet, dei comida para ele, e seu olhar parecia me agradecer, passado algumas horas vimos através da câmera que tem em frente ao Pet, um homem correndo atrás do Costelinha, meu marido correu para fora e disse para ele não maltratar o cachorro, o cara (um mendigo) falou que o cão estava de olho na comida dele, entramos em nosso carro e fomos chamando Costelinha que foi nos seguindo até minha rua que fica a poucos metros do Pet, ali pelo menos ele estava seguro. 

Um dia vi Costelinha longe do meu bairro e pensei “ele não vai mais voltar” e pra minha sorte ele voltou, sempre ficava todo enroladinho em um pano que ele dormia. Outro dia o vi numa pracinha perto de casa junto com outro cachorro preto, pareciam amigos. Nesse dia ele não voltou para minha rua, talvez porque tinha feito um novo amigo, não apareceu por dias. Em um final de semana meu marido e eu almoçamos fora e guardamos um pouco de comida, procuramos Costelinha e o reencontramos na mesma pracinha com o novo amigo dele, ele estava magro novamente, demos comida, deixamos um bocado de ração e fomos embora. As pessoas podem até pensar “se gostava dele porque não o pegou para você?” Moro em um apartamento pequeno, passo o dia todo fora, na casa dos meus pais tem duas cadelinhas e uma delas eu tirei da rua, é complicado quando não se tem espaço. Até hoje não vi Costelinha, isso deve ter umas três semanas, minha mãe disse que o viu há uns três dias atrás, todo sujo e magro, espero que ele volte.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Vamos assinar a Petição



Recebi via facebook uma petição para ser assinada. Ao ler a história senti um repulsa tão grande pelo criminoso e pela sua mãe que tive ânsia de vomito. Me comovi com a história sofrida da cadelinha Gina e resolvi assinar a petição e divulgar, para que os criminosos paguem judicialmente e para que casos assim não aconteçam nunca mais. Queria entender como o ser humano consegue ser tão ruim, não somos merecedores do amor e devoção que os animais nutrem por nós, somos seres inferiores em relação a eles que só sabem amar, e ser fiél acima de todas as coisas, sem almejar nada em troca a não ser respeito.

Leiam sobre o caso:
 
Petição pede justiça por cadela estuprada por tutor e morta, em Pelotas (RS)
19 de setembro de 2012 às 14:00
Franciele Neves
fran.ufpel@gmail.com



Gina era uma cadelinha mantida em cativeiro para satisfazer as necessidades sexuais de seu “tutor” Alex. Apesar de diversos apelos aos órgãos de proteção animal, Gina nunca foi resgatada, até que uma protetora, farta de presenciar a situação e nunca obter resposta dos órgãos que deveriam ser responsáveis, resgatou a cachorrinha e a levou ao veterinário.
Infelizmente Gina faleceu esta semana, vítima de inúmeros estupros, com os órgãos sexuais totalmente rasgados e exteriorizados.
Residente no bairro Fragata, em Pelotas/RS, o estuprador Alex segue impune. Vale registrar que a mãe do rapaz tinha conhecimento de tudo, e alegou que a cachorrinha “gritava de faceira” ao se referir aos episódios de estupro praticados pelo filho.
Queremos justiça! Clique aqui para assinar a petição que pede justiça pelo caso.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Um drama chamado Pipoca



Como eu havia começado a contar lá no início, eu detestava a parte de banho e tosa do meu Pet, eu queria clinicar, isso sim era legal, tinha acabado de sair da faculdade e estava tudo fresquinho na minha memória. Enquanto os meus pacientes não apareciam a gente ia dando uma “olhadinha” nos clientes de banho e tosa, tratávamos dermatites, otites, feridas, bicheira, etc.

Um dia bem cedo o dono de oficina mecânica passou no pet e perguntou se poderia trazer a cadelinha dele, pois ela entrou em trabalho de parto expeliu um filhote morto e ainda estava sofrendo muito. Concordamos e em meia hora a esposa dele chegou com a Pipoca, uma cadelinha linda mestiça de pequinês. Ela realmente chegou apresentando dor, e pelo exame físico consegui notar que ela tinha um filhote no canal vaginal, ele parecia enorme e não conseguia sair. A dona a deixou com a gente, pois tinha outro compromisso urgente. Medicamos Pipoca, para que ela contraísse e eliminasse o filhote, se isso não ocorresse ela teria que ser operada, e não éramos uma clínica, era consultório, portanto não fazíamos cirurgia. Esperamos, ela contraia, mas o filhote por ser grande não sai por nada. Ligamos pra dona e falamos que íamos levar Pipoca numa clínica enorme e renomada para que ela fosse operada.

Levamos Pipoca na clínica que fizemos estágio, o veterinário estava meio sem graça, pois outro dia éramos estagiárias e agora concorrentes, então ficou um clima estranho, mas deixamos a cadelinha lá para fazer exames e ele confirmou que tinha que operá-la, concordamos e falamos que deixaríamos a cachorrinha ali e que iriamos ligar pra dona para saber se ela queria que castrasse. Ao telefonar de volta para a clínica o veterinário disse que já havia operado e deixado o útero. Fomos busca-la logo após a cirurgia, pois a dona dela temia que o custo ficasse caro se ela ficasse internada na clínica. No primeiro dia em nosso consultório Pipoca estava bem, lhe dar medicação era um custo, e ficávamos o dia todo por conta dela. No dia seguinte sua dona resolveu leva-la, no final do dia voltou com ela e disse que não conseguia medica-la e ela não aceitava alimento algum. À noite a levamos pra casa e passamos a noite toda medicando, olhando temperatura, auscultando, ela não melhorava.

No dia seguinte fomos à clínica e compramos alguns medicamentos que não tínhamos pra dar a Pipoca, por volta das 20h em desespero resolvemos levar Pipoca para internar na clínica. Ligamos para o veterinário e chegamos lá muito sem graça, ele examinou-a e constatou que o útero estava cheio de pús e deveria ser operada de manhã para ser retirado com urgência.

Graças a Deus em dois dias Pipoca estava muito melhor, em alguns dias ela voltou para casa e virou nossa cliente de banho e tosa. Neste momento vi que já não gostava muito de clinicar, saber que em certos momentos você não pode fazer nada e que aquele animal e o dono estão depositando em você toda a confiança do mundo me fez ter muito medo da clínica, isso foi só o começo.

Pipoca praticamente recuperada

Ainda com curativo, mas estava ótima. 




quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mais um dia nada comum...



Loucura!!!! Saímos cedo para buscar um filhote de pastor alemão, um bebezão de 4 meses, quando chegamos na casa, tinha 3 homens conversando, ao parar o carro um dos homens falou “vieram buscar o cachorro?” falei que sim, e ele disse “vai colocar num saco preto?” eu ri achando que o homem estava brincando, e falei “tadinho do bichinho”, então os caras ficaram rindo, achamos isso estranho, mas levamos na brincadeira, aí um deles falou “o pobre coitado faleceu hoje a noite” levei um susto pois pegamos esse filhote desde que ele tinha 40 dias. Minha reação foi de pura surpresa, de repente os caras vieram carregando o cachorro até a calçada, cada um segurando uma perna, mas ao olhar bem vi que ele era um pastor belga, e apesar do susto fiquei mais tranquila por não ser nosso bebezão. A dona dele apareceu e disse que o cão morto tinha 12 anos e deve ter morrido do coração, e que havia ligado para uma empresa de coleta vir buscar o corpo. Então depois de toda a confusão trouxeram o filhote, nada mal para começar o dia rsss.

Olha o bebezão aí
 A primeira vez que vimos Almondega, levamos um susto, pois fomos informadas que era para buscar uma cachorrinha de pêlo curto, quando a vimos, na hora pensei "será que ela cabe na gaiola?", foi um pouco complicado no início, mas ela é tão dócil e carinhosa que é impossível não se apaixonar por essa enorme cachorra que pensa que é pequenininha.

dando a patinha
Almondega é muito curiosa

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Lila, Vitória e Boris


Hoje o dia começou animado, Lila sempre é um caso a parte, ela estava super estranha, ao invés de tentar nos morder como sempre faz hoje ela só ficava choramingando e latindo, há um tempo isso aconteceu e quando falei com o dono dela ele me disse que ela estava entrando no cio, pensei “TPM de cachorro?” só faltava essa...rssss. 

Lila preparando para o banho



Na parte da tarde pegamos o Boris para tosar e Vitória para banho, ambos da mesma pessoa, Boris é uma graça, toda vez que tosa fica dias tremendo, e garanto que não é de frio, pois aqui deve estar uns 40 graus. 

Boris tosadinho

A história de Vitoria é bem diferente, há alguns meses sua dona encontrou uma cachorrinha dentro de uma caixa que ficava na porta da sua casa, essa caixa já devia estar ali há uns três dias e por curiosidade ela resolveu ver o que tinha dentro, e para sua surpresa era uma cadelinha assustada, debilitada, machucada, magra, repleta de carrapatos, Débora (o nome da dona), ficou comovida com a coitadinha da cadela que mal conseguia se mover de tanto tempo que passou na caixa. Debora então ligou pra Jack e marcamos um banho, sua aparência melhorou muito e durante alguns dias fomos visita-la pra acompanhar o desenrolar da historia. O tempo foi passando e tanto Debora quanto seu marido se apaixonaram pela cadelinha, que acabou recebendo o nome de Vitoria, vitória por ter sobrevivido ao descaso da pessoa que a abandonou em uma caixa.
Vitória é uma figuraça, ela grita durante o banho, grita tanto que a Débora nos alertou sobre essa particularidade, acho que tem pavor de água, rsss nunca vi um animal sofrer tanto para tomar banho.

Vitória no dia que foi encontrada dentro da caixa

  
Vitória, hoje (alguns meses depois)