sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Osteossarcoma, o que fazer?





Osteossarcoma (OSA) é o tumor ósseo primário mais observado em cães. Desenvolve-se principalmente em ossos longos (75%), sendo conhecido como osteossarcoma apendicular. O OSA apendicular é observado com maior frequência em cães de raças grandes e gigantes. É geralmente encontrados em cães de meia idade (7,5 anos) e idosos. Cães com OSA apendicular são comumente apresentados com claudicação aguda ou crônica e inchaço no membro afetado. A cirurgia raramente resulta em cura, e deve ser considerado tratamento paliativo, quando realizada isoladamente. A administração de uma droga citotóxica é necessária em face da doença metastática para diminuir a carga total do tumor, prolongar o intervalo livre da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente, fornecendo alívio dos sintomas associados à neoplasia.

Sua ocorrência no esqueleto axial (cabeça e pescoço) é bem menos frequente que no esqueleto apendicular (membros), ocorrendo somente cerca de 10% em cabeça e pescoço. Entretanto, seu comportamento biológico é similar e, aqueles que desenvolvem osteossarcoma do esqueleto axial, também estão sob grande risco de formação de metástases. Seus sítios mais comuns em cabeça são: seio maxilar, cavidade nasal e mandíbula. As enfermidades metastáticas são as causas mais comuns de morte do paciente, sendo 90% destas encontradas nos pulmões e os 10% restantes localizados em outros órgãos ou em outros ossos Tumefação e dor são os sintomas mais comuns podendo estar acompanhados de assimetria facial, hemorragia, edema, mobilidade dental, halitose e paresia. Atualmente existem muitas opções para o tratamento das neoplasias orais que incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia com auto-vacinas, hipertermia e terapia fotodinâmica. Porém, a radioterapia e excisão cirúrgica radical ainda são as mediadas de eleição e com maior índice de sucesso em tumores malignos na cavidade oral.

Nosso cliente e amigo Bóris há alguns meses atrás veio ao pet tosar, notamos que ele possuía uma pequenina tumefação em cima do focinho, relatamos com a dona dele e ela disse que há alguns dias atrás ele havia batido o rosto na porta de vidro. Passadas algumas semanas sua dona comenta que Bóris começou a apresentar sangramento pela cavidade nasal. Ele foi consultado e começou com medicação para uma possível infecção. Reparamos que o nódulo sobre o focinho havia aumentado, foi sugerido pelo veterinário uma extração cirúrgica e biopsia. Pelos exames Bóris foi diagnosticado com Osteossarcoma. Após a biopsia o nódulo aumentou e virou uma massa firme que atrapalha sua respiração, sua visão e sua alimentação. Uma nova cirurgia foi descartada e o veterinário sugeriu três opções: 1- quimioterapia para prolongar sua vida e propiciar bem estar se a massa tumoral apresentar redução (correndo o risco de morte no primeiro dia de quimioterapia, pois os efeitos colaterais são muito fortes). 2- deixar como estar e fornecer medicação para dor e alivio dos sintomas. 3 – eutanásia. Eis o dilema para os proprietários que estão sofrendo muito com a situação. E você, o que faria?

Bóris antes da doença

3 comentários:

  1. Tadinho do Bóris!!!a dona dele optou pela quimioterapia!!!

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    1. Que bom que optaram pela quimio, vamos torcer para que dê tudo certo!!

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  2. Infelizmente após alguns meses de quimio, a massa tumoral continuou evoluindo a ponto de Bóris nao ter mais qualidade de vida, sua família com muito pesar optou pela eutanásia e assim acabar com seu sofrimento. Leiam sobre Eutanásia no meu blog.

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